terça-feira, 5 de maio de 2009

GRUPO 6 - ÓXIDOS

CONCEITO:
Óxido é todo composto binário em que o oxigênio é o elemento mais eletronegativo. Quando um óxido é formado pela união de oxigênio com não metal, dizemos que ele é molecular. As ligações neste tipo de óxido são covalentes. Quando um óxido é formado pela união de oxigênio com metal, dizemos que ele é iônico.

Nomenclatura oficial:
A nomenclatura oficial dos oxidos, determinada pela IUPAC em 1957, segue o seguinte esquema:
1. Usamos os prefixos mono, di, tri, tetra, pent, hex, hept, para indicar tanto o numero de oxigenios como o numero de atomos do outro elemento. Observe que o prefixo mono, normalmente e opcional.
2. Ao prefixo adequado ligamos a palavra oxido + preposicao de + outro prefixo ligado ao nome do elemento.
Exemplos: SO3 – Trioxido de (mono)enxofre P2O5 – Pentoxido de difosforo CO2 – Dioxido de (mono)carbono CO – Monoxido de (mono)carbono Caráter de um óxido:
O carater de um oxido esta relacionado diretamente a eletronegatividade do elemento ligado ao oxigenio. Assim temos:
· Oxido de carater covalente ou molecular: O elemento ligado ao oxigenio possui alta eletronegatividade. Exemplos: Cl2O, CO2.
· Oxido de carater ionico: O elemento ligado ao oxigenio possui baixa eletronegatividade. Exemplos: Na2O, MgO.
· Oxido de carater intermediario entre covalente e o ionico: O elemento possui uma eletronegativadade media. Exemplos: Al2O3,ZnO.

Principais Óxidos e suas utilizações

Peróxidos: na indústria são usados como clarificadores (alvejantes) de tecidos, poupa de celulose, etc. Para essas utilizações sua concentração é superior a 30% de peróxido de hidrogênio. A solução aquosa com concentração de 3% de peróxido de hidrogênio, popularmente conhecida como água oxigenada, é usada como anti-séptico e algumas pessoas a utilizam para a descoloração de pêlos e cabelos.

Dióxido de silício: é o óxido mais abundante da crosta terrestre, ele é um dos componentes dos cristais, das rochas e da areia.

Óxido de Cálcio (CaO): Obtido a partir da decomposição do calcário, é usado na agricultura para diminuir a acidez do solo e também na preparação de argamassa na construção civil.

Óxido Nitroso (N2O): Conhecido como gás hilariante, esse óxido inalado em pequena quantidade provoca euforia, mas pode causar sérios problemas de saúde; é utilizado como anestésico.
Dióxido de Enxofre (SO2): É usado para a obtenção de ácido sulfúrico e no branqueamento de óleos alimentícios, entre outras aplicações. É um dos principais poluentes atmosféricos; em dias úmidos, combina-se com o vapor de água da atmosfera e origina a chamada chuva ácida.

Monóxido de Carbono (CO): Usado para obter certos produtos químicos e na metalurgia do aço. É normalmente o principal poluente da atmosfera das zonas urbanas; inalado combina com a hemoglobina das hemácias do sangue, neutralizando-as para o transporte de gás oxigênio no organismo.

A DEFINIÇÃO DE ARRHENIUS: A relação entre o comportamento ácido e a presença de hidrogênio em um composto tornou-se mais clara em 1884 através do químico sueco Svante Arrhenius (1859 – 1927). Arrhenius, através da sua teoria da dissociação eletrolítica, propôs que ácidos são substâncias que contêm hidrogênio e produzem o íon H+ [ H3O+ ] (íon hidrônio) como único cátion, quando em solução aquosa.
Exemplos:
HCl + H2O ==> H3O+ + Cl- HNO3 + H2O ==> H3O+ + NO3- H2SO4 + 2H2O ==> 2H3O+ + SO42- HCN + H2O ==> H3O+ + CN-
Em contrapartida, bases são substâncias que contêm oxidrila (grupo OH) e liberam íons OH- (íons hidróxido) em solução aquosa.
Exemplos: KOH + H2O ==> K+ + OH- NaOH + H2O ==> Na+ + OH- Ca(OH)2 + H2O ==> Ca2+ + 2OH- Ba(OH)2 + H2O ==> Ba2+ + 2OH-
Na visão de Arrhenius, a neutralização é definida como sendo a combinação do íon H+ com o íon OH- para formar moléculas de H2O. H+aq + OH-aq ==> H2Oaq
A teoria de Arrhenius aponta para as propriedades de muitos ácidos e bases comuns, mas apresenta importantes limitações.
A teoria de Arrhenius está restrita para soluções aquosas;
Não aponta para a basicidade da amônia (NH3), por exemplo, que não contém grupo OH;
O solvente não desempenha um papel importante na teoria de Arrhenius. Um ácido é esperado para ser um ácido em qualquer solvente. Mas isto se mostra não ser totalmente verdade. Por exemplo, HCl é um ácido em água, isto é, libera como cátion o íon H+, comportando-se da maneira que Arrhenius espera. Entretanto, se o HCl está dissolvido no benzeno, não há dissociação, o HCl permanece como uma molécula não-dissociada, não liberando o íon H+. A natureza do solvente desempenha um papel crítico nas propriedades das substâncias ácido-base;
Todos os sais na teoria de Arrhenius devem produzir soluções que não são nem ácidas, nem básicas. Não é o caso. Se uma quantidade equivalente de HCl e amônia reagem, por exemplo, a solução formada torna-se levemente ácida. Em contrapartida, se uma quantidade equivalente de ácido acético e hidróxido de sódio reagem, a solução resultante será básica. Arrhenius não apresenta explicação para este fato;
A necessidade da presença do íon hidróxido como característica de uma base levou Arrhenius a propor a fórmula HH4OH como sendo a fórmula da amônia em água. Isso levou a um erro de concepção de que NH4OH fosse a base verdadeira, não NH3. A teoria de Arrhenius sobre o comportamento ácido-base explicou satisfatoriamente reações de ácidos protônicos com hidróxidos metálicos. Foi uma contribuição significativa para o pensamento químico no início do século XIX. Nós usamos esta teoria na introdução de ácidos e bases e na discussão de algumas de suas reações. O modelo de Arrhenius de ácidos e bases, embora em uma esfera de ação limitada, levou para o desenvolvimento de outras teorias mais abrangentes sobre o comportamento ácido-base.

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